quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange
Capítulo IV
Os Piratas
( Parte 4 )

Continua daqui. Pode ver um resumo da história até agora aqui.

O raio atingiu Lagrange, mas não teve o efeito desejado.
Num ataque de fúria, o pirata atirou a arma para longe e, Lagrange deitado no chão, com tonturas e sem conseguir se mexer, foi esmurrado repetidamente durante minutos, até o pirata cair inconsciente sobre ele.
Os outros piratas aproximaram-se a correr , socorreram o pirata caído, e levaram-no para o interceptor.
Assim que se afastaram, a mulher encapuçada com máscara aproximou-se de Lagrange. Ajoelhou-se ao lado direito dele. Encostou o indicador e o dedo médio da sua mão direita à carótida .
Natália chegou num carro flutuador.
– Ele está … vivo, … mas precisa... de cuidados ….médicos.– disse-lhe a mulher encapuçada.
Natália, usa nanocom, e avisa Glorie.
A mascarada, aponta para um dardo no chão.
– Eles … atingiram-no … com aquilo.... Penso … que ...lhe desac...tivaram as nanites.
– Como sabes que ele tem nanites?
– Vi-o … a … tirar a ...arma ao ...pirata...... a uma velo...cidade sobre....-humana.
Natália tira uma maca do carro.
– Ajuda-me a levá-lo para o carro...
Pegaram nele puseram-no na maca e meteram-no na ambulância improvisada.
Ao colocarem Lagrange no carro, Natália notou uma mancha negra no pulso direito da mascarada.
– Chamo-me Natália. E tu, como te chamas?
– Prefiro … manter-me ...anónima.
– Eu preciso de levá-lo urgentemente ao hospital, mas eu vi o teu pulso, a forma como falas e estás a ocultar-me a tua face. Que se passa contigo?
– Fui … violada. E n.... não... foi pelos recem-chega...dos pir...atas.
– Entra no carro. Eu posso ajudar-te. Abrigo-te em minha casa. E por favor decide rapidamente se vais entrar ou não.
Ela entrou e Natália acelerou.
– Há quanto tempo foi isso?
– ..Pouco mm..mais de doooo..ze hoooras ..
– Até estás muito calma... por favor diz-me o teu nome.
– Só..ó ...nia
– Sónia, Quando chegarmos ao hospital, conta o que te aconteceu a uma dra. minha amiga.
– Não ...acre...dito que é....ela possa me...me ajudar..., nem mu....mudar o que m..aconteceu.
– Porque foi que te encontrei ao pé dele?
– Eu … queria … ajudar.
– Conhece-lo?
– É ...um ve...e...lho am..iigo. Não se de..ee ve lembra..r de mim.
Natália fez silencio por uns minutos enquanto contactava Glorie.
“Dra Boavida, devo estar a chegar com o sr. Lagrange e uma mulher que diz ter sido violada há menos de doze horas por sobreviventes, ela estava a tentar ajudar o sr. Lagrange. Ele aparenta ter vários hematomas, várias costelas partidas, ferimentos balisticos nos joelhos braços partidos...”
“Estou a ver.. e ela?”
“Está estranha, tem uma máscara a cobrir-lhe a face, parece estar afásica, só consegui observar um hematoma no pulso no direito.”
Chegados ao hospital, estavam lá à porta Glorie mais dois enfermeiros e três médicos. Os médicos levaram Lagrange. Glorie e Natália levaram a Sónia para uma sala à parte.
Glorie pediu a Sónia que tirasse a máscara.
Ao tirar o capuz e a máscara, Natália fica chocada.
Vàrios cortes na testa e na cabeça revelavam um organismo artificial. Tecido muscular que parecia polimérico, uma orelha cortada.
Glorie surpreendida, pediu–lhe que repetisse o seu nome.
– N..I..A..Só... NIA.
– Natália, tranque todas as portas. Ninguém pode saber disto.
– NIA, reconhece-me?
– Gloooorie...
– Como é que está o seu sistema de manutenção interna?
– Proootaneeeerrabacccteeeer...
(continua)

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